Zecas e fraternidades
a sujar-me o babete
Gastámos a flor da vontade
a preparar um come back
Afogam-se as velhas vaidades
em saudades do prec
Aos anos que nesta cabeça
já não pousa gilete
Ponho o camuflado a render
Curiosamente a malta paga para ver
Ponho o camuflado a render
Curiosamente a malta paga para o vir ver
Guerras e tréguas e gacs
ficam escritos na pedra
Amordaçam-se as vanguardas
pés assentes na berra
O touro marra com força
o porco fuça na merda
Não há pau que de tão grosso
não precise de uma esfrega
Ponho o camuflado a render
Consequentemente a malta paga para ver
Ponho o camuflado a render
Aparentemente a malta paga para o vir ver
Acima da média
a vida não pára
Um beijo na cara
e fica bem
Esfolados à séria
com as facas na brasa
O doce da casa
e fica bem
Nem danças nem conversas
nem cantas o mau e o feio
Chegas tarde e vens às cegas
debicar-nos o peito
Já não ladram as feras
apertámos-lhes o freio
É sempre hora da sossega
há sempre tempo para fumeiro
Desculpado o tarrafal
resolvida a cena na guiné
Largo rumo à catedral
para ver outro a sair do pontapé
Mais touriga nacional
mais medronho mais tempo no café
A tv foi ao local
para ver outro na ponta do pontapé
Acima da média
a vida não pára
Um beijo na cara
e fica bem
Esfolados à séria
com as facas na brasa
O doce da casa
e fica bem
"A ovelha bale bale"
Bale um balido badalado
e bale bale a do lado por sua vez
"A ovelha bale bale"
Bale um balido embalado
e bale bale bale a do lado por sua vez