O amor não acontece à tua porta
Nem a vida se importa
é uma luz que não se corta
Não tem mapa
Não é ferro nem é lata
Não separa nem se trata
é hora que não se mata
E não julgues que te curas
pelas noites e aventuras
É a rosa é o espinho
e dorme sempre sozinho
o amor nem a própria alma salva
É luar é terra brava
é o que não se adivinhava
E passou quando mais ninguém o viu
é o quente é o frio
é copo nunca vazio
E não julgues que te curas
pelas noites e aventuras
É a rosa é o espinho
e dorme sempre sozinho
O amor é um pequeno santuário
Que se encontra ao contrário
Não é longe nem lendário
O amor é tão simples e complexo
Dá curvas é côncavo e convexo
é um anjo não tem sexo
E não penses que te molhas
se passares onde ela mora
Ou que tens a perfeição
se caires nesse chão
E se as noites estão perdidas
beijarás as tuas feridas
Porque o corpo tem memória
do que foi a nossa história