Rezo a história mal contada
Dói-me a vida, a possúida
Nunca deixei nada por deixar
Mas cansei-me da investida
Agora é de vez
Agora é de vez,
Olá ou adeus
Seres superiores do caminho dos céus
Entrego-me à paz, na paz dos ateus
Mas não quero ficar mais no banco dos réus
Diz-me o que sabes
Diz-me o viste
Diz-me se é triste
O mistério permanece
Só a ideia te enlouquece
Diz-me o que falam ao olhar para nós
Se há esperança
Se não estamos sós
Diz-me se é perfeito
Ou se tem defeito
Se há preconceito
Diz-me ao teu jeito
Quem sou... quem és... quem é
O que sou... o que és... sem fé
Ser bom... é bom... não é
De onde vim pra onde vou, até
Fico perdido pensativo
numa mera ilusão
Se a terra fez o homem
O que e feito de Adão
Agora é de vez
Agora é de vez
Olá ou adeus
Seres superiores do caminho dos céus
Entrego-me à paz, na paz dos ateus
Mas não quero ficar mais no banco dos réus
Já não aguento mais
Karma vens ou Karma vais
Há muito que não queremos ver
Só distorcer
Desencontro o meu bem
Mas o sol não vem e não tem ninguém
Nada, tudo, não corro se o mundo acabar amanhã
Mas agora é de vez
Agora é de vez
Agora é de vez
Olá ou adeus
Seres superiores do caminho dos céus
Entrego-me à paz, na paz dos ateus
Mas não quero ficar mais no banco dos réus