Pelos auto falantes do universo vou louvar-vos aqui na minha lua
Um trabalho que fiz noutro planeta
Onde nave flutua e disco voa
Fiz meu Marco num solo Marciano num deserto vermelho Sem garoa
Este marco que eu fiz é fortaleza
Elevando ao quadrado gibraltar,
Torreão levadiça, raio laser e um sistema internet de radar...
Não tem sonda nem nave tripulada,
Que consiga descer, nem decolar...
Construi o meu marco na certeza
Que ninguém cibernético ou humano, poderia romper as minhas guardas,
nem achar qualquer falha no meu plano...
Ficam todos em fogos ou em Deus
Contemplando meu marco marciano
O meu marco tem rosto de pessoa,
Tem ruínas de ruas e cidades,
Tem muralhas e pirâmides
E restos de culturas, demônios, divindades
A história de marte soterrada
Pelo efêmero pó das tempestades...
Construi o meu marco gigantesco,
Num planalto cercado por montanhas,
precipícios gelados e falésias
Projetando no ar, formas estranhas
Como os muros ciclópicos de Tebas
E as fatais cordilheiras da Espanha
Bem na praça central um Monumento embeleza meu Marco Marciano
Um granito em enigma recortado pelos rudes martelos de Vulcano
Uma esfinge em perfil contra o poente guardiã imortal do meu arcano.