confesso que nunca me apresso
para deixar quem amo
e quem nunca me enfada
teu nome ficou cá impresso
Mas sempre te perco p'ra rua arejada
munida de todo o engenho
para ver se te apanho a meu tom de menina
premeia está voz de sereia
que apesar de grossa me saia sempre fina
Corro atrás do tempo mas o tempo corre
ao sabor do vento a esperança morre mudam-se as vontades e as inimizades
só não muda a urgência em ter te de verdade
instrumental
confesso que não me interesso
por gente que se veste com'uma sendalha
Mas certo é querer te por perto
por teres a verdade que tão bem te calha
não nego que a dor que carrego
carrega os meus versos com prosa erudita
confesso que o tempo qu'atravesso não é o melhor p'ra me fazer bonita
Corro atrás do tempo mas o tempo corre
ao sabor do vento a esperança morre
e vamos crescendo na mesma cidade
tu dançando eu vendo
(o)que pesa a idade
mudam-se as vontades e as inimizades
só não muda a urgência em ter te de verdade
instrumental
não meço o amor que mereço
Mas nunca mantenho quem não me agasalha
A pedra do chão que tropeço, removo sucinto que só me atrapalha
confesso que não me interesso por quem me acredita paixão mendigada
despeço me ao longe num beijo
mais lindo qu'o Tejo não existe nada
Corro atrás do tempo mas o tempo corre
Ao sabor do vento a esperança morre
e vamos crescendo na mesma cidade
tu cantando eu vendo o que pesa idade
mudam-se as vontades e as inimizades só não muda a urgência em ter te de verdade
Corro atrás do tempo mas o tempo corre
Ao sabor do vento a esperança morre
e vamos crescendo na mesma cidade
tu cantando eu vendo o que pesa a idade
mudam-se as vontades e as inimizades só não muda a urgência