Num pulsar de gravidade
tiro o que tocar
mão que deixa de amparar
nem deixa a luz fugir
estando perto, quem cai, tem sorte se escapar
do buraco, que segura tudo em volta, no que tocar
em que nada se escapa, tudo passa, tudo gira, dando voltas do avesso
ser um mapa que perdeu os pontos cardeais
não há bússola
que faz com que não perca o chão
estando perto, quem cai, tem sorte se escapar
do buraco, que segura tudo em volta, no que tocar
em que nada se escapa, tudo passa tudo gira, dando voltas
drenado de cor, e de espaço, fica o pó, que me veste
sem que nada aconteça, tudo pára, pouco fica, dando voltas do avesso