El el el el el... el el el el el el...
Tava sozinho na minha
Quando uma menininha também que tava sozinha
Logo se aproximou, veio toda assanhadinha
Não é que eu sou galinha por que saí de fininha
Foi ela que me chamou
E foi dizendo logo tudo o que pensava
Que a minha classe social nem importava
E qualquer homem só de ver nem dispensava
Mais tava fácil se envolver e suspeitava
Que pode ser ventos que vem pra derrubar
Só que isso eu não posso nem deixar de correr
Me manter firme num lugar
Pra quizumba nenhuma me pegar
Na na...
Pra quizumba nenhuma me pegar
Na na na na na na na na na...
Não adianta mesa branca
Nem jogo de tarô
Por que só meu senhor vai bem onde é que eu tô
Ahã.
E o mano, que se dizia ser mano meu,
Outri dia tava fazendo um som, queria uma melodia
Me chamou até fui por que eu mau nem via,
E sabia que podia deixar par um dia
E só falava que é nóiz e tamo junto rapáz
Gostava da minha voz
Ba ba babaovo de mais
Me ligou: neguim cola aqui na festinha!
Demorou até vou, vai eu e minha pretinha
Chegando lá aquele clima de festa,
Tinha um beck do bom e o mano se manifesta
E começou a falar e eu vendo qual é que é
Ele falava pra mim e olhava pra minha mulher
Eu pensei, não não deve ser só impressão
Tô sendo bem recebido e o mano é até sangue bom
Mais não, foi dito e feito
Foi só eu virar as costas, colou do lado dela
E falou uma pá de bosta tipo assim:
O que que uma menina tão bela...
Tá fazendo com um neguim de favela?
Ele colou um pouco perto do ouvido dela
Ele falou: que tal um rolezim sem dar guela
Oh meu senhor, me livre dessas patifaria
Eu quero a melodia, eu quero uma sintonia
Dai-me sabedoria, cobra nunca se cria,
Me proteja e me livre desses vermes e das vadias
Que pode ser ventos que vem pra derrubar
Só que isso eu não posso nem deixar de correr
Me manter firme no lugar
Pra quizumba nenhuma me pegar
Ah na...
Pra quizumba nenhuma me pegar
Ah na...