Horizonte
Ali se eleva o meu canto
É às distâncias que grito
Este delíro, este espanto
Que em tantos dias eu sinto
Pertenço aos montes longínquos
É dali que eu quero ser
Se não for por amar tanto
De que me serve viver?
Aqui me entrego
Entre a Terra e o Céu
Cumpro cantando
Um destino que é meu
E vou pensando
Entre o Céu e a Terra
Guardo, cantando,
Um sonho, uma quimera
Num oceano profundo
Abandono as minhas mágoas
Ando tão longe do mundo
Vou levada pelas águas
É este afinal o encanto
Que determina o meu ser
Se não for por amar tanto
De que me serve viver?